Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Boa sorte, 'molecada'.


A partir desta quarta-feira, dia 25, o Brasil e o mundo vão parar para acompanhar o primeiro dia da maior competição de esporte do planeta, começando com a primeira rodada do futebol feminino. Mas o que interessa mesmo, pelo menos pra nós brasileiros, está por vim no dia seguinte, com a estréia da seleção de Mano Menezes nas Olímpiadas de Londres. Apesar de muitos desprezarem o futebol em Olímpiadas, a disputa pela medalha de ouro olímpica acaba envolvendo muito nossa seleção, que ainda não tem este título no currículo, e, até por isso mesmo, sua importância aumenta consideravelmente. E, se depender de nós torcedores, esta medalha vem este ano.


 Creio que nunca tivemos uma seleção olímpica tão qualificada e 'experiente' como esta de 2012. Um time bem montado, compacto e com jogadores que já se conhecem de longa data. Mas o que incomoda mesmo é o retrospecto negativo da seleção em Olímpiadas. Depois de tantas incertezas, vexames e decepções, todo ano é a mesma coisa: o torcedor brasileiro acompanha a seleção olímpica com 'uma pulga atrás da orelha'. Mas isto não afeta só os torcedores. Se engana quem pensa que os jogadores não sentem isto, pois sentem sim. O peso de ter que trazer um ouro olímpico pro seu país com tão pouca idade é muito grande. Apesar de termos jogadores que sabemos que não sentirão tanto o peso, como Thiago Silva, Neymar, Marcelo e etc., há alguns outros ainda inexperientes, como nosso goleiro Neto, que vai substituir o santista Rafael, que se lesionou nos treinamento e está fora dos Jogos Olímpicos.

Quanto à convocação, pouco se pode reclamar. Mano Menezes foi coerente (assim como Dunga em 2010, quando este não convocou Neymar e Ganso pra Copa) e convocou aqueles que já eram frutos de um trabalho feito por ele desde o início do ano passado. A maior incerteza, já dita aqui, é no gol. O ex-Atlético-PR Neto já vem sendo convocado há algum tempo, mas por se tratar de uma Olímpiada, um evento mundial, ele poderá sentir a pressão, mas todos nós estaremos com ele. Na zaga estamos bem servidos com o nosso 'capita' Thiago Silva comandando o time. A dúvida é seu companheiro de zaga, que provavelmente será Juan, que tem futuro, mas se apresentou estabanado e nervoso em alguns amistosos. Nas laterais também estamos bem. Os prováveis titulares serão Rafael, na direita, e Marcelo, na esquerda. Dois laterais de extrema qualidade, muito ofensivos, mas que pecam um pouco na parte defensiva. Contanto, se ambos tomarem cuidado com as investidas adversárias, provavelmente não teremos problemas futuros no setor. Protegendo a defesa estarão Rômulo e Sandro, dupla que já se mostrou afinada nas últimas partidas, e que terá a missão de defender e ser aquele já conhecido “elemento-surpresa” nas subidas ao ataque. Quanto aos dois, nenhuma preocupação.

Alexandre Pato com Mano Menezes no treino da Seleção (Foto: Mowa Press)

O nosso armador deve ser Oscar, que merece mais do que ninguém a oportunidade de vestir a camisa 10, que já foi de Zico e Pelé. Paulo Henrique Ganso ficará mesmo como opção no banco, já que nunca apresentou na seleção (principalmemente após as primeiras lesões) o futebol que fez muita gente considerá-lo melhor que Neymar. Lucas, do São Paulo, deve ficar como uma opção mais ofensiva para Mano. Nosso trio ofensivo é o 'de sempre'. Neymar aberto pela esquerda, Hulk, pela direita, e Leandro Damião centralizado. Este último que ainda pode ser substituído por Alexandre Pato, já que caiu bastante de produção.

Olhando assim, até parece que a seleção brasileira atuará com um esquema até um tanto ofensivo nestes Jogos Olímpicos. Porém, uma das características mais fortes desta equipe de Mano está justamente na marcação, onde todos voltam para fechar os espaços. Apostando nisso e principalmente no talento dos nossos jovens jogadores, além de toda a preparação feita, o Brasil mais uma vez entra em campo para tentar afastar de uma vez por todas o “fantasma” das Olimpíadas, que ronda já por tanto tempo o nosso futebol. A responsabilidade é grande e a expectativa é maior ainda, mas, se tudo sair como planejado, se cada jogar fizer sua função em campo sem querer se sobressair sobre os demais, este ano de 2012 com certeza será marcado como o ano do ouro olímpico. Boa sorte, Brasil!

Nenhum comentário: